quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sorte

Como diria minha grande amiga, quase irmã, Letícia: “Tem gente que nasce com sorte. Tem gente que não”.
Embora eu tenha uma grande tendência a reclamar – claro que essa tendência é brilhantemente ofuscada por outra grande amiga, não é Gi? – creio mesmo que posso me incluir no primeiro grupo.

Há controvérsias, claro. Por exemplo, se eu precisar me ausentar do meu trabalho por qualquer motivo, justo ou não, podem ter certeza de que meu chefe resolverá que precisa muito de mim para alguma coisa nesse período. É sério, embora eu prefira pensar que nem isso dá para ser considerado falta de sorte.

Mas as controvérsias não me abalam sempre. E às vezes, quando elas começam a acontecer com mais freqüência, a vida sempre dá um jeitinho de me lembrar que para toda regra existe uma exceção. Tá, jeitinho não é exatamente a palavra. Tapa na cara se encaixa melhor.

Foi assim que, num momento meio desconexo, eu pequei o carro e fui até São Paulo para me encontrar com a Débora.

A Débora é uma dessas pessoas que só aparecem na vida de quem tem sorte. Muita sorte. 

Para mim, ela sempre faz as coisas parecerem tão lógicas, tão fáceis, tão... ao alcance da mão. É impossível não se contagiar pelo raciocínio rápido dela. É impossível não se pegar tentando acompanhar esse raciocínio. É impossível não acreditar nas suas conclusões.

Eu tenho que admitir que poucas são as pessoas capazes de exercer alguma influência sobre mim. E a Débora é uma delas. Não é novidade para ninguém que eu tenho um gênio difícil. Escorpiana... lembram? Mas ela consegue ser pior. E melhor. E, surpreendentemente, eu gosto muito disso. A influência dela sobre mim é o resultado direto do seu raciocínio, porque comigo é assim que funciona. Eu compro qualquer teoria cujo raciocínio me satisfaça. E sorrio comigo mesma ao lembrar a forma ela sempre explica o porque por trás de cada decisão tomada. E me pego muitas vezes sentindo falta de sua companhia diária, como costumava ser algum tempo atrás.

Mas esse não é um texto sobre lamentações. É um texto sobre sorte. Sorte por poder olhar ao meu redor e vislumbrar tantas pessoas com quem eu gostaria de conversar mais, de cujas vidas eu gostaria de participar mais. Pessoas que me fazem falta, ao mesmo tempo que me tornam completa. Pessoas como a Débora.

Milena escreve aqui ás quintas. Essa quinta o texto sai em forma de agradecimento ao destino, por ser tão generoso comigo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei a parte do raciocínio rápido, tô me achando!rs
Brincadeiras a parte, quero lhe agradecer pelo texto, fiquei muito feliz em saber que a coisa que o Mário considera meu maior defeito (de analisar muitos as coisas e ter um porquê pra tudo) tenha lhe ajudado em alguns momentos. Também gostaria de conviver mais com você, pois você é minha realização! Fico tão feliz com as suas conquistas que parece que sou eu!Fiquei orgulhosa em encontrar uma Milena em SP mais madura, decidida e segura de si, com vários objetivos e planos bem estruturados para o futuro. Também me considero uma pessoa de sorte, por ter amigas tão especiais como você. bjs

Gisele Lins disse...

Ô Mí, estamos melhorando no quesito reclamação, vai...
Espero que tenhamos sorte com isso, rsrsrs.
Beijão!

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