segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Brincadeira do tempo

Anastácia acordou com a sensação de não saber exatamente onde estava, em qual cama, qual quarto, qual casa, tudo lhe pareceu ao mesmo tempo semelhante e diferente. Teve a impressão de estar perdida no tempo, de um salto se levantou, pois tinha a certeza de estar atrasada, já era segunda de manhã, trabalho, banho, café da manhã, tudo, atrasado. A pressa foi tanta que tropeçou no chinelo, trombou no armário, vestiu a meia do lado contrário, não comeu e saiu. Se sentiu como o Chapeleiro Maluco, o coelho de Alice no País das Maravilhas, ou seria do Mágico de Oz? Não tinha tempo para pensar sobre isso, mas sabia que era um coelho atrasado. Entrou no carro, prendeu a saia na porta, deu partida na ignição, no painel viu o relógio, conferiu, olhou de relance, não entendeu, achou que estava tendo mais uma alucinação, olhou novamente e concluiu, não se sabe se aliviada ou se fula da vida, era domingo, dia 31 de janeiro de um ano qualquer.  

Acontece com todos, aconteceu comigo, não sei se dormi demais ou de menos, mas dessa vez estava atrasada mesmo.

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