sábado, 31 de outubro de 2009

Tecnomacumba: Ouça sem preconceitos!

O novo CD de Rita Ribeiro, “Tecnomacumba”, é esplêndido! A cantora maranhense, que já se apresentou na Suíça, Venezuela, Estados Unidos e Canadá, com outros discos, e já foi indicada, em 2001 ao Grammy, na categoria melhor álbum pop latino, lançou este ano um CD ainda melhor, mais apurado e cada vez mais preocupado com nossa cultura e nossas raízes!

“Tecnomacumba”, termo criado pela própria Rita Ribeiro para nomear o ritmo que une musicas de influência africana, do candomblé, com música eletrônica, traz novas interpretações a canções consagradas nas vozes de Clara Nunes, Maria Betânia, Gilberto Gil, Jorge Benjor, Caetano Veloso, Ronnie Von, e traz também músicas novas. Há muitas canções com introduções de pontos do candomblé, e há ritmos do norte, como “Tambor de Crioula”, sobre o ritmo maranhense; e “Jurema”, sobre a Cabocla Jurema da Umbanda.
O tecno acelerou e deu novo fôlego a canções que pareciam não poder ficar melhores, mas que ficaram na interpretação de Rita Ribeiro. “Cavaleiro de Aruanda”, antes gravada por Ronnie Von, e “A Deusa dos Orixás”, que fora sucesso com Clara Nunes, estão revigoradas, com tom mais forte, e totalmente dançantes! É contagiante!

Além de ter criado um novo ritmo, com a junção de dois estilos que pareciam não combinar, e que agora parecem que não se separam mais, Rita Ribeiro exalta nossa cultura, nosso sincretismo cultural e religioso, com raízes africanas, indígenas, portuguesas; com nossas mistura de raças, credos, cores, tradições, que são características do Brasil, e que não podem se perder. Essa liberdade e diversidade que nos é oferecida é símbolo maior de nossa democracia, que é mais do que política, pois aqui podemos nos manifestar nas artes como em nenhum outro lugar.

Salve o sincretismo brasileiro!

Tania adora ritmos brasileiros de origem africana. E defende a liberdade de crença, pois vê crescer a cada dia a intolerância religiosa num país que é rico racial, religiosa, culturalmente, e que não pode ser calado por crenças que se afirmam como único caminho para Deus. Deus está em todas as coisas. Ele é onipresente!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Livre-se do Peso


Pelo título talvez vocês esperem encontrar aqui alguma receita maluca de dietas mágicas né? Não não... não é nada disso. Dieta? Sim, estamos todas sempre precisando!

Pra quem não é de BH talvez tenha visto nos jornais, temos passado por tempestades absurdas! Na minha singela opinião o mundo está acabando. Logo que começou a temporada de chuvas assustadoras, numa das primeiras (e talvez a pior que já tenha presenciado) haviam roupas no varal. O terraço é coberto, mas aberto nas laterais.

A chuva foi pior do que aquelas de filme de terror: acabou a luz, arrancou calha. No caminho do trabalho pra casa a avenida estava coberta de lama, carros empilhados parecendo de brinquedo. Geladeira, móveis, pessoas... Tudo revirado no meio da lama.

Passado o choque inicial, na ensolarada manhã seguinte, ao abrir a janela me deparei com uma cena que confesso que não sabia se ria ou se chorava. Olhando atentamente pra paisagem urbana da minha janela, reconheci que os pontos coloridos nos telhados dos vizinhos eram minhas roupas que estavam no varal. Cada uma em um telhado, pareciam ter sido colocadas, igual quando o coelhinho da páscoa esconde os ovos nos lugares mais difíceis, escolhidos a dedo!

Naquele momento não adiantava chorar, tão pouco tentar recuperar alguma coisa. É... há meses tenho adiado uma faxina no meu guarda-roupa! Algumas coisas que não uso mais, outras que não servem mais, tudo isso tem que ser passado a diante. Por bem ou por mal.

Mariana nunca foi apegada aos bens materiais e está sã e salva da chuva.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

E se pudéssemos comprar mais tempo?

Eu compraria mais tempo com minha avó. Mais esse tempo seria do passado. Eu passaria mais destes dez anos que saí de casa voltando para casa...

Eu compraria mais tempo com minha mãe. Mesmo que fosse virtualmente...

Eu compraria mais tempo com minhas tias. Rindo até doer a barriga...

Eu compraria mais manhãs de sono...

Eu compraria mais tardes de domingo...

Eu compraria mais noites com meus amores...

Eu compraria mais madrugadas com meus amigos...

Eu compraria mais manhãs com meus cachorros...

Eu compraria mais tempo para ler, estudar e pensar...

Eu compraria mais tempo comigo mesma...


Milena escreve aqui às quintas, quando o tempo permite.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Bridezilla – o fim da saga

Este não é mais um post de uma noiva desvairada às vésperas do casamento. É o último deles, graças a Deus.

Miss planilha virou meu apelido nos últimos meses. Sem brincadeira, foram mais de trinta planilhas, chutando por baixo, em diversas versões, envolvendo “organizações”. Listas de orçamentos, convidados, convites já entregues, crianças na festa, músicas, mais músicas, músicas ainda, quem quer van, quem quer cabeleireiro, hotéis, confirmações de presença, deduções de ausência (pois descobri que ninguém confirma que não vai), presentes que queremos ganhar (que fizemos sob ameaças múltiplas, pois eu não queria as tais listas), presentes que ganhamos para agradecer. Quem vai ficar com quem em que mesa, quem não quer ficar com quem em que mesa, doces que gostei de cada doceira, doces que gostei dentre todas as doceiras, listas de compras, de providências, de não esquecer.

Miss Pití foi meu auto-apelido, pois foram muitos e agora ainda ando tendo que agüentar os dos outros, com cobranças do que ainda não está resolvido, decidido ou pronto. Estou quase atendendo o celular dizendo que “não, não, este número não é desta fulana”.

Nem tudo saiu como o planejado. Sorte é que este “momento” nunca foi mesmo muito planejado, então, conseguimos ser bem flexíveis. Porém, descobri que muita coisa na vida de um casal de noivos não se escolhe, se adota e pronto, e de preferência se escuta, mas não se processa quanto vai custar (em dinheiro, tempo ou dedicação), ou então a desistência virá.

Descobri muitas outras coisas inesperadas, que têm valido a pena nem sempre por serem boas, mas pelas suas lições. Descobri que resolver comemorar um evento deste “porte” é um teste de quanto se está consciente da própria vida. Você vai convidar mais gente do que gostaria, vai se preocupar muito com o que fulano ou beltrano vai pensar por ser ou não convidado (mesmo que isso seja absolutamente contra sua filosofia de vida), vai mudar de idéia muitas vezes. No fim, se você tivesse desde o início pensado, não no dever social, mas no que seu coração dizia, teria economizado muito trabalho e dinheiro, pois os que lá estarão, tirando algumas exceções por motivos de força maior, serão aqueles cujos corações têm uma linha direta com o seu. Você vai descobrir que algumas pessoas que você considerava muito não estão nem aí para você. E vai se surpreender com outras que merecem muito mais valor que você tem dado.

Não descobri, pois eu já sabia, mas confirmei o valor da minha família, e valor da nova família que estamos formando e dos novos laços que estamos criando que, sim, passam a ser diferentes quando a convenção casamento se concretiza, mesmo antes do altar.

Mais do que tudo, descobri que entrar nesta “maratona” a dois, e passar tantos momentos de discutir escolhas e gostos, juntos, exercitando nosso respeito, nossa tolerância e nosso amor, e ainda conseguindo se divertir e ter muita satisfação com cada detalhe, cada conquista, cada meio termo, cada resolução, foi o melhor de tudo.

Desejo a todos que escolhem passar por todos estes rituais de dividir a vida com alguém e formar uma família, quer isso tenha ou não sido um grande sonho, que no fim, o objetivo primeiro se mantenha: olhar para aquele cara vestido de pingüim, ou para aquela doida vestida de branco e ter o coração acalentado e a paz da certeza do que se quer.

Gisele Lins escreve aqui às quartas-feiras. “Bridezilla” é a divertida definição dos australianos que certamente melhor se encaixa ao seu atual momento. Deu trabalho, mas valeu a pena.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O blog e a prisão de ventre

Dias de final de ano (sim, é só outubro, mas o peso do final de ano já se faz sentir, ainda mais quando não se teve férias...) compridos, pesados e tão cheios de atividades que poderiam muito bem valer por uma semana.

Respostas ferinas e mal educadas, guardadas na ponta da língua a muito custo, para tentar evitar, ou, ao menos, adiar, grandes confrontos.

Perguntas irônicas e ríspidas, também guardadas.

Desabafos, desaforos, todos cuidadosamente empilhados, para não ocupar tanto espaço, já que muitos ainda virão.

Resultados mais visíveis: desavenças com as pessoas mais próximas, as que mais percebem os escapes. Falta total de tempo e ideias pra escrever no blog. E, sim, prisão de ventre, já que o corpo se concentra em segurar todo o lixo, segura todo mesmo...

Renata sabe que este comportamento não é saudável, e vem se esforçando pra conversar mais, falar as coisas com jeito e não reprimir tudo, mas não é fácil, não.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Faça o que eu falo mas não faça o que eu faço"


É, o ditado aprendemos na marra, usualmente bem rápido, aprendemos também a ajudar os outros, em especial os que mais precisam, aprendemos a ter humildade e paciência com os que não tem, a ter bondade, respeito, educação e gentileza.

Desde quando nascemos temos alguém para nos ensinar, nem sempre absorvemos tudo, algumas idéias nos parecem mais certas do que outras, mas com o tempo e com nossos próprios erros, percebemos que tinham razão. Contudo também nos ensinam que são falhos, e que por vezes, e por motivos obscuros, não conseguem seguir seus próprios conselhos.

Nos magoam sem razão, não pedem desculpas e nem dizem ou demonstram que gostam de você, se mostram indiferentes, como se fossem imunes a erros e defeitos. Se mostram acima de tudo e de todos, usam a idade como desculpa e a TV como fuga. Parecem esquecer que também ensinaram a perdoar sempre, mas esquecer jamais.

Aos nossos pais, pessoas que seguimos, que nos orientam e que, de quando em quando, nos machucam sem razão, com pequenos ações e palavras. Parecendo terem esquecido seus ensinamentos, até mesmo o de nunca esquecer.

domingo, 25 de outubro de 2009

Despedida






Um amigo faleceu. Ele fazia parte de um grupo de amigos da praia.





Abaixo encontram o discurso de despedida de um dos seus amigos, que é a mais pura celebração da amizade e admiração por quem nos deixou aos 32 anos de idade pelo maldito ataque cardíaco que também levou meu irmão.





O motivo pelo qual divido isso com vocês é porque assim como eles, gostaria que repensássemos no valor da amizade e na velocidade com que o tempo come nossas vidas. A vida tem pressa e é necessário valorizar o que realmente tem valor visceral. Na maioria das vezes só pensamos nisso quando algo de terrível acontece. Mas é possível sim dar valor aos que amamos enquanto eles estão ali, bem pertinho de nós.





Hoje temos menos semelhanças com nossos amigos do que na adolescência, tanto as de personalidade quanto as da aparência.





Gostaria muito de que a centelha de amor, amizade, afinidade, intimidade ainda fosse dividida por muito tempo, apesar de tudo. Amizades são definitivamente necessárias em nossas vidas e espero que entendamos mais e principalmente compreendamos mais que as pedras no caminho são para nos fortalecer e que o perdão é vital no desenvolvimento do ser humano.





Que Deus esteja sempre nos nossos caminhos e mantenha nossos corações em paz.

"Dizem que a vitalidade de uma amizade reside no respeito pelas diferenças e não apenas no desfrutar das semelhanças. Felizmente, para nós, isso nunca foi uma verdade definitiva. Sempre nos restavam semelhanças, mesmo quando abusávamos da confiança que cada um fazia questão de dispor.


Obviamente, não se trata aqui de semelhanças físicas (uns eram cabeludos, outros não; uns eram mais baixos do que outros; uns eram bem mais magros... bem mais magros do que eu, com certeza).

Ora, sempre existiu em todos o gosto pela imaginação, pelos jogos de poker, pelas festas inesquecíveis, pela noite, pela nossa eterna prainha e indiscutivelmente o amor pela família, tanto é que nos tornamos, nós próprios, uma grande família. E, numa família, como é de se esperar, temos de tudo um pouco, os alegres, os chatos, os espertos, os divertidos, os extrovertidos ou, ainda, os que têm maiores ou menores afinidades com os demais. Mas de todos os possíveis “estereótipos”, creio que havia apenas uma unanimidade. Apenas um sempre foi admirado por todos.

Assim, no dia de ontem perdemos nossa única – indiscutivelmente única – unanimidade. Todos nós o amávamos: amávamos como irmão; amávamos pelo seu carinho, sua dedicação para com os amigos, sua lealdade, seu companheirismo, sua criatividade, sua presença de espírito, seu jeito particular de ver as coisas e sua maneira de lidar e viver com o grande amor de sua vida, sua esposa.

Nossa dor é tremenda. Nada, nem ninguém, poderá suprir sua ausência. Mas se Deus resolveu que era hora de nos privar da companhia de nosso irmão, fazemos aqui um juramento: Amigo, jamais serás esquecido, vives e sempre viverás em nossos corações e lembranças. Te amamos."

Lil escreve aqui esporadicamente e hoje esta em luto. Espera da próxima vez estar mais alegre e celebrar um grande acontecimento em sua vida.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Resiliência.

Está na moda agora esta tal de resiliência. Nem mesmo o Word sabe o que é isso, mas sobrou para a balzaca moderna, além de ser profissional, mãe, esposa, desportista, artista, doméstica, massagista, sarada, alisada e paciente, ter agora que ser também resiliente.

Segundo pai Google [sic Aurélio moderno], resiliência, um conceito originalmente do campo da física é a propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de tal deformação elástica. É lógico que esta definição tão bonita foi adaptada pelo psicologiquês moderno e, hoje, ser resiliente é tomar pancada e continuar sorrindo. Pollyana foi o primeiro grande exemplar de pessoa dotada de resiliência.

A idéia é que as pessoas ou são iluminadas e já nascem assim, ou lutam muito para adquirir um pouquinho desta coisa, só pra poder dizer, em uma entrevista de emprego qualquer, que “adquiriu resiliência nos últimos anos” (pensando Yessssss). Também se pode entender resiliência como o bom e velho se a vida te der um limão faça uma limonada, como meu conceito recentemente preferido de que sorria para o mundo que o mundo sorri para você, ou ainda como o comportamento Zazen adotado por algumas filosofias orientais.

Sério. Tenho sérias dúvidas sobre tal movimento resiliente. Os alegados benefícios para quem conquista tal qualidade são muitos. Quem, dentre os naturalmente estressados e revoltados, como eu, não gostaria de ter mais paz de espírito, de se abalar menos com as coisas, de ser menos visceral, de se afetar menos (e afetar menos os outros) com as injustiças e frustrações deste mundo? Quem não gostaria de, no trabalho, ficar tranqüilo quando acaba tendo que fazer algo que não concorda porque foi mandado, mesmo expondo os riscos envolvidos e tendo declarado sua contrariedade? Chegar em casa e nem pensar mais nisso nem despejar a lamúria em quem lá está para curtir bons momentos? Não dar bola para a Telefônica, as companhias aéreas, o banco, o seguro que nos infernizam com sua incompetência, lidando com eles pacientemente? Eu gostaria! E de lambuja possivelmente deixaria de ter queda de cabelo, desidrose, gastrite e ansiedade patológica.

Mas como? Até andei tendo alguns sucessos de resiliência nos últimos tempos. Às custas de muito treino (inspira azul, expira vermelho) e boletinhas. Imediatamente se pensa que puxa, consegui, que legal, estou controlada, passei íntegra pelo temporal, estou apenas um pouco descabelada, mas tudo bem, sorrindo. Imediatamente depois eu penso no Ferdinando, aquele touro palerma que respirava uma florzinha num desenho animado (acho que era Pato Donald), lembra? E nos uniformes de colégio. E no Admirável Mundo Novo, onde tomar o SOMA (a pílula da felicidade) era praticamente compulsório para todos. E no musical do Queen, que assisti com minha irmã, onde todos se vestiam iguais, instrumentos musicais foram banidos e só era permitido dançar uma certa coreografia de uma única música eletrônica. Então me sinto uma idiota. Como adquirir algo que, de uma hora pra outra se tornou item de nécessaire unanimemente fundamental, mas que bem no fundo não nos convence muito?

Gisele Lins escreve aqui às quartas-feiras. Ser ou não ser... Eternamente ser ou não ser...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nem tudo o que pareçe é, mas às vezes poderia ser


Andando pela ruas de minha cidade, já num clima ameno de chegada da gloriosa Primavera, vi no chão uma concha, daquelas que se põe o ouvido e se escuta o som do mar. Cheguei mais próximo para alcançá-la e percebi, nem tão frustrada, nem tão surpresa, que era apenas uma casca de laranja, um bagaço na verdade, enrrugado de tal forma que ficou igual ao que não era. E me lembrei de que não moro no mar, nem na praia, nem próximo a eles, e, desta maneira, as conchas teriam que cair do céu para estarem aqui. O que não seria uma má idéia.

Silvia escreve às vezes em Minas, às vezes em ilusões, doces.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Não Mais

Eu tava no trânsito, paradinho da silva, como sempre, indo pro centro espírita. Já era noite. Olhei pela janela e comecei a observar as pessoas ao meu redor. De dentro do carro, eu não ouvia a barulhada. As janelas estavam fechadas, ar condicionado ligado, Bebel Gilberto cantando pra mim. Mas do lado de fora o mundo parecia que estava acabando. Pessoas nervosas, estressadas, todos loucos pra chegar em casa. Já eram quase nove horas e era sexta-feira. O complexo Complexo da Lagoinha parecia um mar de faróis vermelhos. Abri um pouco a janela movida por uma curiosidade meio mórbida. Queria ouvir o som da cidade. O barulho era insuportável. As pessoas buzinavam quando o semáforo acendia a luz verde, mas o trânsito estava parado, não adiantava. E o sinal ficava vermelho de novo. Na medida em que esta situação se repetia, as pessoas ficavam mais nervosas, mas estressadas e buzinavam mais ainda. Fechei a janela. Bebel Gilberto é bem melhor. Continuei observando. Algumas pessoas, ou melhor dizendo, muitas pessoas aproveitavam para retornar ligações: quanta gente ao celular! Outras, em menor quantidade, empunhavam Blackbarries. Pelo menos não estavam em movimento. O trânsito deu sinais de melhora, andou um pouco, mas parou rapidinho. Fiquei com medo de não conseguir chegar a tempo ao centro espírita, mas, enfim! O que poderia euzinha fazer, não é mesmo? Continuei aproveitando a serenata que Bebel fazia pra mim e olhando ao redor. Fiquei pensando no meu dia, sabem? Eu estava ali, relaxando no meio do caos! Pensei nas coisas que havia feito, mas principalmente nas que eu havia deixado de fazer. Pensei na correria em que eu estava vivendo novamente, na correria em que o Bola também vive, em que todos nós vivemos, afinal de contas. Lembrei de um tempo em que a gente não tinha celular, que internet não estava ao alcance de todos, que o mundo não era online, nem virtual. Engraçado, né? Tínhamos as mesmas urgências de hoje. Só que estas urgências, antes da velocidade da informação – traduzindo: antes da correria digital, que promoveu a nossa correria – sempre podiam esperar um dia ou dois. E hoje não podem esperar nem minutos!! Todo mundo quer tudo imediatamente. Como é que se fazia no tempo da minha avó? Na época dela era tudo a telex e cavalo! E ela vivia muito bem, viu? Aí fiquei pensando no que o ser humano havia transformado a sua própria vida. Nós começamos a ter pressa de tudo. Primeiro viramos escravos do relógio. Aí, fomos nos deixando escravizar por vários meios de comunicação instantânea: celulares, notebooks, blackberries. Deixamo-nos subjugar por metas, prazos e resultados. Dinheiro, dinheiro, muito dinheiro. Afinal, qual é a mola da sociedade contemporânea auto intitulada civilizada? A verdade nua e crua é que corremos por dinheiro. Corremos muito pra ter ou ser algo que depende de dinheiro. Queremos casas bonitas, carros velozes, roupas de qualidade. Queremos ser bonitos, cheirosos, charmosos. E pra isto, precisamos trabalhar muito, correr o tempo todo, pra bater metas dentro dos prazos e superar os resultados esperados!! Sempre correndo, correndo, correndo!! E foi aí que caiu a minha ficha: a gente corre, corre, corre a vida toda sabem pra quê? Pra um dia poder parar de correr e descansar!!! É. Que coisa. O trânsito andou.

Laeticia hoje fez a besteira de achar que não podia desacelerar e pediu para ser esporádica no blog, mas se arrependeu e, se ainda der, quer continuar como fixa. Não quer nada de correria na sua vida. Não mais.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Revendo velhos amigos

Sim, no gerúndio.

Porque essa é uma coisa que deveríamos fazer constantemente.

No último feriado da padroeira desisti de ir até Aparecida do Norte (ah tá, sei) para visitar as montanhas mineiras. Mais especificamente Belo Horizonte, a capital mais acolhedora do Brasil.

Um lugar onde se come muuuuuito pão de queijo. E queijo. E bolos. E bolachas. E frango (sim gente... frango... é podem parar de rir agora. O meu problema com o frango limita-se pura e simplesmente ao gosto de frango que tem o frango. Se o frango não tiver gosto de frango – como foi o caso lá em BH – tudo bem para mim). Parênteses para as sentenças com mais palavras repetidas que eu já escrevi na vida. Frango. Frango. Frango.

Um lugar onde café é cortesia. E se eu quero só o café? Mineiro demais.

Lugar onde acontece a seguinte cena: velhinha no Maria das Tranças aborda um dos meus amigos que está com a filha de 2 meses no colo: - Ah! Parabéns! É sua filha? É tão bom ver que tem gente que cuida dos filhos... Tanto pai matando filho de 3 meses hoje em dia né... Parabéns. É bonito mesmo de ser ver.

Amigo (com cara de interrogação) - Humm... Obrigado. Eu acho.

Bizarro né? Mas tudo bem. Também é nesse lugar que além de ser acolhida por 3 amigos bem recentes, encontrei outros 3 amigos de looonga data.

Tá, nem é tão longa data assim, mas no caso dessa família, parecem décadas.

Nós nos conhecemos na praia – naquele lugar abençoado e bonito por natureza que é Cambury – e desde então eu não perco nenhuma oportunidade de reencontrá-los.

Sabem rir até achar que vai passar mal? O pior é que as maiores palhaçadas sempre surgem na mesa enquanto você mastiga. Sério gente. Uma hora dessas isso vai acabar mal. Mas por enquanto, faz bem demais!

Sabem cantar, ouvir o violão, comer, beber, ver fotos, mostrar fotos, rir de novo, comer de novo e não querer ir dormir porque o tempo é curto demais?

Isso é apenas um dia na presença de Lana, Sara e Arthur. Pessoas maravilhosas que entram pela nossa vida e assim, meio que sem querer vão ficando, e ficando e de repente, sempre estiveram.

Às mineiras do blog, peço que não fiquem bravas porque viajei na surdina... risos... Na próxima marcamos o 2º encontro das Balzacas, ok?

Milena escreve aqui às quintas. Nessa, ainda cansada do batidão que foi o feriado em BH, mas com a alma nova em folha.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Bem feito, Miss Perfeitinha

Dia destes em um avião dei de cara com um amigo da adolescência. Eu não considerava o cara um conhecido, era amigo, poxa. Andávamos juntos, saíamos junto, passávamos juntos o recreio e eu estava sempre nas festas da casa dele. Ele se auto-intitulava gótico, gostava de poesia, filosofia e The Cure, tinha o rosto bem branco, se vestia de preto, visitava cemitário e usava sobretudo em 90% dos dias.

Eu tinha namorado e ele também, nunca rolou nada entre a gente, nem vontade, éramos amigos, e pronto. Dividíamos uma paixão: eu pelo espaço e ele pelo céu. Eu queria ser astronauta e ele, piloto. Um dia emprestei para ele um arquivo enorme que eu tinha de reportagens, colagens, anotações e fotos de astronomia e extraterrestres. Passei anos juntando aquilo, que não valia nada (eram épocas sem Internet), e hoje eu mesma não usaria para nada, mas era minha tetéia.

Ele foi embora da minha cidade, saiu do país, ficou um tempo indo e vindo, mas vira e mexe voltava lá para visitar a mãe. Então, ele sempre me ligava, do tipo assim “ei, tô aqui no boteco da esquina, chega aí”. E lá eu ia, ver meu amigo, não importa o que estivesse fazendo, pois tínhamos papos incríveis. Assim, de bocados, eu acompanhei as dificuldades dele de se tornar um piloto, de até pensar em desistir e ele acompanhou meu caminho, que de astronauta só ficou a cabeça na lua.

Então ele sumiu. Procurei-o para convidar para minha formatura e não o encontrei. Paciência, é a vida. Até o dia no avião. Sabe aquele momento em que está todo mundo já de pé, se acotovelando pra ver quem sai primeiro, mas ainda empacado lá dentro e levando mala na cabeça? Pois é, de repente o guri estava plantado do meu lado, no corredor, com sua fardinha de piloto, plaquinha de metal com o sobrenome, crachá da companhia e nariz empinado. Não tive dúvidas, nem pensei em quantos anos eu não via a pinta e larguei imediatamente um FUUULLLAAAAAAAAAAANO DE TAAAAAAAAALLLLLLLL, há quanto tempo, que legal te ver aqui!!!!!!

Recebo um olhar misto de interrogação, dúvida e medo (quem é essa doida?), seguido por um oi sussurrado e sem graça. Ele não me reconheceu! Eu tenho certeza que não! Gente eu não mudei nada desde que eu tenho quatro anos (lógico que com os sinais de que sou hoje uma balzaca, mas a cara é a mesma, inclusive hoje estou mais parecida com a época que eu andava com ele). No silêncio constrangedor, a bocó aqui ao invés de calar a boca, não. “Pois é, eu estou morando no interior de São Paulo, e tu, o que ta fazendo aqui?”. Pergunta vomitada merece...

“Voando”, respondeu a pinta. “Tchau”. GGGRRRRRRRRRRRRRRRRR.

Bem feito, Miss Perfeitinha. É isso que dá se apegar às pessoas e às coisas e seguir com esta mania de agradar. Onde se viu pensar que os que te consideraram um dia vão sequer te reconhecer no futuro? Segue agradando e fazendo as vontades de todos, segue, pra ver onde é que tu vai parar... Vê se aprende logo a dar valor pra quem merece e no momento certo. E o resto... vê se esquece, a culpa não é toda tua quando uma amizade não rola mais. Ao menos vê se lembra de convidar menos de trinta pessoas na próxima festa que quiser fazer e dizer para o piloto metido no próximo vôo “E AÍ GÓTICO, QUANDO É QUE VAI DEVOLVER MEU ARQUIVO, TENS IDO AO CEMITÉRIO?”, ao invés de um “ooooooiiii queriiiiiido!”.

Gisele Lins escreve aqui às quartas-feiras. Anda bem ausente, mas sempre na escuta e operante. Ultimamente tentando aprender a dar mais valor para quem merece e a não se sentir culpada por deixar pra lá o que não é pra ser.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

E você corre pelo que?


Tem gente que não gosta de bicho, com pêlo ou sem, de quatro patas ou com asas, nem na gaiola e nem solto; e não entendo muito bem o por que. Não digo que todos deveriam ter um animal de estimação em casa, não, mas desgostar simplesmente por desgostar é mais ou menos a mesma coisa que dizer que não gosta de uma comida sem nunca ter experimentado. Em fim, tem gente que é assim né. Em contrapartida, algumas pessoas são apaixonadas pelos animais da natureza, cuidam, tratam, recolhem, doam, ajudam. Talvez chegam a gostar tanto que podemos até encontrar um balanço natural entre aquelas que gostam e as que desgostam. É, acho que é melhor pensar assim. E como não havia de ser diferente, nesse fim de semana viajei e conheci algumas pessoas que realmente se importam com animais, tanto com os seus quanto com os da rua. Bom fato é que vi algo pra lá de curioso. Recolheram uma cadela que havia sido atropelhada e ao contrário de ter sido socorrida pelo culpado do acidente, não, foi deixada lá, provavelmente com o intuito de que morresse mesmo; mas como o destino tem lá suas peripécias foi socorrida por essa família. E lá está ela, vivendo a mais de quatro anos, se não me engano, com uma cara feliz e, ao mesmo tempo, eufórica, correndo pra lá e pra cá, apesar de ter perdido os sentidos da cintura pra baixo. Pois é, a pequena se locomove num arrasta, arrasta. No princípio é estranho de se ver, mas com o passar do tempo você percebe que ela está bem, tem e dá carinho e, principalmente, faz a gente se sentir minúsculo e grande, insignificante e importante, pois tudo o que a gente quer é ter e dar amor.


Minha mãe já o dizia: quem corre por amor não cansa. Não mesmo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A vida em kits


Quem me conhece sabe – e muito bem – o quanto eu gostaria de ser uma pessoa organizada.
Mas eu não sou.

A despeito disso, eu tento. E tento com afinco.
Uma prova disso é o meu check list de viagens.

Ele nasceu em maio de 2006. Um ano em que viajei bastante. Meu objetivo era conhecer a maior quantidade de praias desse país lindo de meu deus. E eu queria fazer isso levando estritamente o necessário.

Hoje em dia, ele não serve só para viagens. Pequenas excursões ao clube também requerem uma certa preparação...

O problema é que algumas coisas fogem ao meu controle. Vejam vocês como ele é hoje:

Kit “Indispensáveis”
Documentos
Cartões Banco
Cartões de visita
Dinheiro
Passagens/e-tkt
Reserva hospedagem
Protetor solar facial
Chinelos
Calcinhas
Soutiens
Meias
Agasalho
Agenda
Bloco de notas
Canetas

Kit “Roupas”
Verão - blusinhas
Verão - saias
Verão - bermudas
Verão - vestidos dia
Verão - vestidos noite
Verão - sandálias
Out/Prim - galochas
Out/Prim - blusas
Out/Prim - saias
Out/Prim - tênis
Inverno - calça jeans
Inverno - blusas
Inverno - jaquetas
Inverno - meia calça
Inverno - botas
Inverno - vestidos
Inverno - cachecóis
Inverno - gorros
Inverno – luvas

Kit “Banho” – também conhecido como kit “vou dormir na sua casa I”
Sabonete
Shampoo
Condicionador
Hidratante
Desodorante
Perfume
Gillete
Toalha rosto
Toalha banho

Kit Cabelo - também conhecido como kit “vou dormir na sua casa II”
Leave-in
Spray
Gel
Pomada
Tiaras
Piranhas
Tic-Tacs
Pentes

Kit Dentes - também conhecido como kit “vou dormir na sua casa III”
Escova
Creme
Fio dental
Aparelho

Kit Sono - também conhecido como kit “vou dormir na sua casa IV”
Pijama
Lençol
Fronha
Manta
Tala pulso
Creme rosto

Kit Sobrevivência
Lenços de papel
Lenços umedecidos
Band-Aid
Dipirona
Ibuprofeno
Dexametasona
Lixa de unha
Alicate de unha
Absorventes
Carefree

Kit Beleza
Maquiagens
Brincos
Pulseiras
Anéis

Kit Esporte (bem recente)
Maiô
Roupão
Touca
Protetor auricular
Tênis
Meias
Raquete
Bola
Bermuda
Top
Regata
Testeira
Munhequeira
Tensor tornozelo
Tensor punho

Kit Outdoor
Ray-Ban
Protetor
Canga
Biquini
Boné
Repelente
Lanterna
Cadeado
Tênis trekking
Cantil

Kit Eletrônicos
Vaio
iPhone
iPod
Cybershot
Carregador Vaio
Carregador iPhone
Carregador iPod
Carregador Cybershot


Deu pra ter uma leve noção do tamanho das malas que eu faço, mesmo pra ir ao clube? Sim, eu preciso de tratamento...


Milena adora listas. Mas elas tem vida própria e nunca param de crescer. Se você notou a falta de alguma coisa, é favor avisar!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Estória sem fim


Algumas coisas mal começam e já estão pelo fim, não se sabe o por que e nem se tenta realmente compreender, pois a única coisa que tem-se a certeza é de que nem tudo se entende.

Nessa última semana coisas sem explicação aconteceram, algumas boas outras ruins. Fato é que as boas, usualmente, aceitamos de braços abertos, são as ruins é que ficam em nossa mente, nos perturbando e se fazendo presentes. Clamando por sua presença.

Dei de presente um bichinho de estimação a uma amiga, que a muito o queria. Após alguns dias em minha casa, e recebendo bastante carinhos, cuidados e medicação, pois o pobre fora encontrado na rua, lá se foi ele para sua nova casa, sua família definitivamente. E estávamos todos felizes, celebrando a chegada do pequenino. Mas infelizmente, de tão pequenino e por ter sido deixado por almas menos evoluídas na rua, o pobre não resistiu. E minha amiga no dia seguinte de sua chegada, percebeu que ele não estava bem. Apesar de todos os esforços ele se foi. E com ele nossos corações ficaram tristes e sem entender o por que da passagem tão súbita em nossas vidas. E ficamos assim, no ar, ou fora do ar; pois sua estória foi uma estória sem fim.

Silvia está em busca de um novo gatinho para sua amiga, um que não se vá tão rápido quanto chegou, mas um que nos alegre por muitos e muitos anos; de preferência, aqueles que fazem da sua estória um pouco da nossa também.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dia normal em duas versões

Dia normal – versão 1

Desliguei o soneca sem querer e acabei tomando banho correndo e me atrasando. Muitas tarefas no trabalho depois, saí atrasada da escola para uma consulta médica. Me molhei muito na chuva, mesmo com sombrinha por causa do vento forte. O parquímetro engoliu minhas últimas moedas e ainda apertou meu dedo gelado e molhado, que ficou latejando. A consulta atrasou e fui a outro compromisso, que me levou a mais um, que me levou a esperar minha filha perto da escola, relembrando que o dia era de muita chuva e muito vento. Almocei voando, voltei pra escola, tentando terminar minhas tarefas de vice-direção em sala de aula, pois o relatório já estava atrasado e dele depende o repasse de gêneros alimentícios. Ilusão,j á que não tinha nenhuma aula especializada. No meio da tarde, o impensável: tive diarréia! Ninguém merece!Saí da escola correndo, fui para o coral (sim, gente, continuo no coral!) e passei horas esguelando, tentando produzir sons impossíveis, até chegar em casa depois das 22 horas, tendo ainda que jantar e planejar a aula do dia seguinte...

Dia normal – versão 2

Manhã fria, dormi uns minutinhos a mais. Passou um pouco da hora, mas ninguém morreu por isso. Pela manhã fui ao médico, mas não consegui pagar o parquímetro: estacionei de graça, pois chovia tanto que nenhum fiscal passou por lá! E mais, apertei o dedo e milagrosamente não quebrei a unha! No médico, mais notícias boas: fora alguns desajustes, nada de grave! A biópsia deu normal! No decorrer da manhã consegui ainda ir a dois compromissos importantes e buscar minha filha na escola; ela se molhou menos e chegamos em casa mais cedo. Na escola, uma tarde sem aula especializada, mas que correu tranquila, mesmo com a diarréia que veio mais rápida que a luz (do banheiro, no caso)! Ainda bem que eu fui mais rápida ainda e não paguei mico! À noite fui para o coral, e depois de horas extenuantes, entremeadas por gargalhadas, aprendemos uma música ótima, que eu e a Annie cantamos até agora. Acompanhem: dum dum dum dum.....

Esse é um exemplo de um dia normal, na vida de uma pessoa normal, que tem muitas coisas ruins e muitas coisas boas. Às vezes, são as mesmas coisas, só muda o jeito de ver. Há que se cuidar pra que as coisas ruins não se sobreponham às boas.

Renata escolheu lembrar da versão 2 do dia. E o que você faria?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O briefing - reeditado

Certo tempo atrás (pouco mais de um ano, para ser exata) eu repeti aqui (http://drepente30.blogspot.com/2008/05/o-briefing.html) uma brincadeirinha. Era o briefing do homem perfeito.

Hoje, de novo, só de farra, resolvi reescrevê-lo.

Por motivos de força maior esse texto será muito curto, já que agora o homem perfeito para mim tem que cumprir apenas com 3 pré-requisitos básicos:

1 - Tem que ter uma boa pegada.

2 - Tem que conseguir mandar em mim.

3 - Não pode escrever corassão.

O resto é balela.

Milena escreve aqui as quintas. Inconformada em perceber como os conceitos mudam... hahaha
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