terça-feira, 27 de abril de 2010

Felicidade

Até que um dia, sem mais conseguir se esconder sob máscaras e subterfúgios, ela viu.

E ao ver seu reflexo no espelho, chorou.

E ao chorar, abriu sua alma. E viu também seu interior. Viu as feridas, algumas cicatrizadas, outras não... viu os erros, corados de vergonha e ainda esperando perdão. Viu a criança e viu a mulher, cheia de sonhos e vontades e receios, pronta para viver.

Ela deixou. Finalmente era ela. E foi inteira, vestida de desejos e anseios, armada de temores e dúvidas, olhos brilhantes e sorriso nos lábios.

Cada passo, cada gesto, cada escolha, cada olhar e cada sílaba eram conscientes, ecoavam no seu corpo. Cada sensação era um milagre. Cada pequeno mistério resolvido era uma grande vitória. O frio na barriga, o arrepio, a leve falta de ar voltaram, e isso era felicidade!

Renata está, de fato, muito feliz!!!

2 comentários:

Unknown disse...

Lindo texto Rê.
simples e complexo, como a felicidade deve ser =)

Lila disse...

Amei!!!!
E viva a felicidade....

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