terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Lista para 2012

Todo final de ano é época de fazer um balanço do ano que está terminando. Das coisas boas e ruins, dos ganhos e das perdas, do que se conseguiu realizar da lista do ano anterior e o que vai continuar na lista do que fazer.

Não tenho um ritual, ou um momento especial para fazer isso, mas em geral acabo tirando um tempo, sozinha e tranquila pra fazer isso. E me surpreendi ao perceber que só pensava em coisas para agradecer, presentes que a vida me deu sem nem ao menos eu pedir.

Oportunidades profissionais, pessoas maravilhosas que permitiram que eu fizesse parte da vida delas, minha filha na faculdade, conhecer novos lugares.

Muitos desafios e a gostosa sensação de vencer cada um deles.

Mesmo assim fiz minha lista de objetivos para 2012, sabendo que muita coisa não depende só de mim. E desejo que, em 2012, todos tenham muito mais a agradecer do que a pedir! E já coloquei na minha lista para 2012 me manter em dia com o blog!

Renata (não ingrata...) escreve aqui às terças, e recomenda o exercício de fazer o balanço anual. Pode ser surpreendente!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Espírito Natalino (?), a saga continua...

No ano passado, nesta mesma época, em 26/12, escrevi um post intitulado "Espírito Natalino (?)" (clique AQUI caso queira relembrar).



Como já era esperado, minha caixa de entrada particular ficou lotada de e-mails de pessoas queridas questionando o porquê de eu estar tão "amarga", afinal, minha visão do tão falado "Espírito de Natal" não estava adequada àquilo que era esperado por todos.



Bem, esse ano não será diferente, eu suponho.



...



Pude observar, ao longo desse ano, que as pessoas continuaram sendo boazinhas apenas nas duas semanas que antecede o Natal... Pude perceber que, como sempre, as pessoas, em geral, abstém-se durante o ano todo de fazer qualquer coisa em prol dos que necessitam (seja uma palavra de carinho, um gesto de amor, um sorriso, um abraço...), pois o "Espírito Natalino" só as acomete em dezembro...



Estamos todos sempre tão ocupados, tão atarefados, tão atrasados em nossos prazos, que não sobra tempo para olhar para o lado e perceber o quanto o outro pode estar precisando de nós.


E, sim, eu me incluo no rol dessas "pessoas ocupadas", embora eu tente, a todo custo, estar presente na vida daqueles que amo, seja por meio das redes sociais, sms, telefonemas, e até mesmo uma visitinha super rápida (essa última um pouco mais rara, eu diria).


E então, novamente eu percebo que quando o Natal se aproxima as pessoas simplesmente piram, afinal, é o "Espírito Natalino" que tocou os corações...


Affffff!



E aí as pessoas correm feito formigas ensandecidas, entrando e saindo de lojas dos mais variados tipos, em busca do "presente perfeito", aquele que supostamente demonstrará a quem o receber, o quanto quem presenteou se importa...


Pura hipocrisia!


Não é um presente comprado às pressas que vai demonstrar o quanto o outro é importante...


E, na minha opinião (e antes que atirem pedras e me considerem, novamente, uma grandesíssima amargurada, lembrem-se de que esta é apenas minha opinião, ok?), a coisa toda fica muito pior para quem é cristão.


Ora, suponho eu que quem é cristão, haveria que valorizar, nesse período natalino, não esse comércio ensandecido e sim o que a data simboliza em termos espirituais. Mas, infelizmente, não é o que ocorre. Mesmo para os cristãos, a figura central do Natal é, ainda, o opulento Papai Noel, com seu saco cheio de brinquedos.



Qual o sentido do Natal se sequer aqueles que são cristãos conseguem se livrar da hipocrisia natalina?


Aliás, no ano passado, em um dos comentários que meu post acerca do assunto recebeu, a leitora Carla conseguiu definir com maestria meu pensamento a respeito do tal "espírito natalino" que acomete as pessoas. Ela definiou o Natal como "a festa da hipocrisia com luzes piscantes" e, infelizmente, sou obrigada a concordar com ela.



(E, por favor, antes que você afirme que estou generalizando, que existem pessoas que não são assim e blá-blá-blá, saiba que é necessário que eu fale em âmbito geral, sim! Afinal, é completamente sem sentido eu citar casos particulares aqui no post, ok? Portanto, se o que estou escrevendo não se aplica a você, tanto melhor. Basta apenas que ignore minhas palavras ou, na melhor das hipóteses, que concorde com elas ou conteste-as, ok?)



Enfim, quando dou os votos de "Feliz Natal" a alguém, nas entrelinhas dos meus votos está o seguinte desejo:


Feliz Natal = "Desejo que você consiga vivenciar o amor e a compaixão que, suponho eu, deveriam ser o verdadeiro sentido do Natal, em todos os 365 dias do ano, e não apenas na quinzena que antecede os dias 24 e 25".



Déia escreve aos domingos e, como sempre, está farta de hipocrisias, sejam elas natalinas ou não...










terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Pela estrada afora

Pela estrada afora
eu vou bem sozinha
decido o que vou fazer
de que cor pintar a cozinha
escolho as frutas e verduras
faço aveia pra vizinha
ando sobre meus próprios pés
por sobre tortuosas linhas
faço a vida que é minha
pela estrada afora
eu vou - não solitária -
mas bem feliz
e sozinha.

Renata anda sozinha mas bem acompanhada, e feliz!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Pessoas que me fazem rir

Amo pessoas que me fazem rir.
Creio que uma das coisas que eu mais gosto nessa vida é rir: rir com os olhos, rir timidamente, rir gostosamente, rir escandalosamente, rir até lacrimejar, rir a ponto de os olhos parecerem apenas dois risquinhos no rosto, rir até perder o fôlego, rir até o maxilar doer, rir de mim mesma, rir de situações inusitadas, rir até as tristezas desaparecerem...
Rir cura uma infinidade de males e torna a vida mais leve e interessante.


Déia escreve aos domingos e acredita piamente que a capacidade de rir (principalmente de rir de si mesmo) e de fazer os outros rirem é uma das coisas mais interessantes e gostosas em uma pessoa.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Histórias de professor...

Gente, eu juro que o que vou contar a vocês realmente aconteceu comigo na semana passada...



Absolutamente por acaso eu fui dar aula vestida de preto dos pés à cabeça.


Óbvio que muitos alunos fizeram várias piadinhas bobas, do tipo:


"Tá de luto por quem, sora?", "Enviuvou, é?", "Quem foi que morreu?" etc.


Nada demais até então, visto que leciono para adolescentes...


Então eu entro em uma turma para aplicar prova e, após mais uma enxurrada de piadinhas sem graça, quando todos, em silêncio, aguardavam eu entregar as provas, um aluno levanta e, muito seriamente, vem caminhando em minha direção.


(Detalhe: ele carregava, uma em cada mão, duas canetas marca texto, uma amarela e outra verde.)


Ele pára na minha frente e estende a mão esquerda, me oferecendo o marca texto verde.


Meio que sem entender o objetivo de ele estar me entregando a caneta marca texto, aceitei.


No mesmo instante em que eu peguei a caneta de sua mão, ele deu um salto p/ trás, se posicionou em base de luta, empunhou o marca texto amarelo e gritou:


" EM GUARDA DARTH VADER!

HOJE EU ACABO COM VOCÊ "


o.O

Dá p/ acreditar em uma coisa dessas?!?!?


Lógico que a entrega da prova atrasou em uns 5 minutos porque a "Darth Vader" em questão não conseguia mais parar de rir...

;-)

Déia escreve aos domingos e, definitivamente, AMA lecionar...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Estou na zona!

Essa semana, em uma das inúmeras conversas que eu estou tendo sobre o meu projeto de doutorado, uma pessoa me falou:

- Procura algo desafiador, no doutorado a gente tem que sair da zona de conforto.

Até concordo, e na hora só argumentei que fazer doutorado já é um grande passo para longe da zona de conforto.

Mas depois dessa conversa, fiquei pensando na minha zona de conforto, não só acadêmica, mas em toda ela: pessoal, profissional, espacial.

E me dei conta de que, há mais de dois meses, eu não sei o que é estar na minha zona de conforto. Estou comendo coisas que nunca comi, e as minhas comidas favoritas não são comuns de encontrar. Por exemplo, pro povo daqui toda “massa” é “macarrão”, mas macarrão de verdade não existe aqui. Pensei até em comprar uma máquina da fazer macarrão!

Tenho ouvido músicas que nunca ouvi, e aqui ninguém canta Amigo Punk nas festinhas, e nem acha graça do Guri de Uruguaiana cantando Paula Fernandes!

Tenho convivido com pessoas que eu nunca tinha visto na vida, e sou grata por estar tendo muita sorte com isso. Conheci pessoas maravilhosas e admiráveis. Mas ninguém me conhece, e qualquer conversa mais profunda carece de uma contextualização. As piadas internas, aquelas que a gente nem precisa falar, são poucas ainda.

Tenho visto paisagens que eu só conhecia na TV ou em revistas, e são lindas! Mas a Mata de Araucária (que é a árvore mais linda do mundo) também é. Se bem que até penso em colocar a mangueira como a 3ª árvore mais linda, logo depois da paineira.

Quando eu vou ao mercado, penso na facilidade que era ir ao Zaffari e comprar as mesmas coisas, que eu já sabia de cor onde ficavam. Aina bem que o mercado é pequeno, então não ando tanto à toa. Mas as marcas são todas diferentes, e estou na fase de provar várias para ver qual eu gosto mais.

Isso sem falar no trabalho, nas viagens, nas pequenas dificuldades do dia-a-dia, como ir ao médico, comprar um remédio que ninguém conhece, fazer depilação, comprar uma chapinha pra boca do fogão. Ter que ir a outra cidade para comprar coisas como tinta, gergelim e linha de crochê.

É claro que tenho saudades de várias coisas; da família, principalmente. Das amigas, amigos, colegas de trabalho, polenta frita, Polar, macarrão, de lugares que eu frequentava... Quando ouvi uma pessoa dizendo: “Adoro tomar batida e comer torrada” eu vi como a comunicação é mais fácil entre “nativos”. Mas não sinto saudades da sensação da zona de conforto. De conhecer tudo que me rodeava, ao menos, no círculo mais imediato.

Interessante que essa zona não é uma zona solitária, apesar de eu estar sozinha nela. Esse texto não é para me queixar, não. É uma constatação de que estou inteira fora da minha zona de conforto, mas não numa zona de desconforto. É outra sensação. Talvez seja uma zona de adaptação. Não sei denominar, mas é algo que demanda mais atenção, mas flexibilidade, mais coragem e mais ousadia.

Renata sempre acha as palavras escritas que expressam o que sente. Nessa terça, não achou.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Não pouse seus olhos sobre mim...

Não pouse seus olhos sobre mim assim tão profundamente
Há segredos escondidos no fundo dos meus olhos que não devem ser revelados...

Não pouse seus olhos sobre mim assim tão insistentemente
Há regiões em mim que são secretas e cuja chave de entrada estão perdidas...

Não pouse seus olhos sobre mim tão docemente
Há barreiras internas que, apesar da resistência, podem romper-se com a doçura...

Não pouse seus olhos sobre mim tão preguiçosamente
Há uma criança assustada com receio de se machucar...

Não pouse seus olhos em mim tão desafiadoramente
Há em mim também uma mulher corajosa, que enfrenta seus medos e adora desafios...

Não pouse seus olhos sobre mim tão languidamente
Se não puder aplacar meu vulcão...

Déia escreve aos domingos e fica encantada com a diversidade de mensagens transmitidas por um único olhar...
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