quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Um novo tempo verbal: Futuro do Impossível


Todos nós estamos reaprendendo a Língua Portuguesa após a Reforma Ortográfica. E, o que antes parecia muito difícil, agora parece ainda mais!

Entretanto, há pessoas que insistem em não aprender o próprio idioma. E, se isso não bastasse, há pessoas que desaprendem, e ainda ensinam errado. Exemplo disso é o linguajar de operador de telemarketing (me desculpem os profissionais do ramo), sofrível, que abusa de erros de concordância, além de tentarem vender produtos, e de não resolverem problemas, quando necessitamos de auxílio. Esse típico linguajar tomou as ruas, e hoje muita gente o usa, como se fosse correto.

Foi criado, assim, um novo tempo verbal: o Futuro do Impossível. Esse tempo verbal, que não existe, assim como as ações conjugadas nele, consegue a façanha de utilizar três verbos, em tempos verbais diferentes, para não dizer coisa nenhuma! Observe, pois você já se deparou com ele: “vamos estar solicitando”, “vou estar providenciando”. E isso existe?! Não! Foi diretamente traduzido de manuais de instrução de aparelhos, em Inglês, e não houve preocupação em se adequar à estrutura gramatical da Língua Portuguesa. Começou assim, e foi se disseminando entre as pessoas.

Agora, pense bem, pois, se você “vai estar fazendo” alguma coisa, em que tempo essa ação ocorre? Quando ela vai se encerrar? Se utilizamos, ao mesmo tempo, um verbo no futuro do presente, um verbo no infinitivo, e um verbo no gerúndio, é óbvio que essa ação é mais do que o que se poderia traduzir como presente contínuo, isso é o Futuro do Impossível! A ação nunca será concluída! E ainda está errado!

Parece linguajar de malandro, que sabe que não fazer o que lhe foi pedido, e joga com as palavras, dizendo exatamente que vai fazer, mas não tem data para isso. Assim, se eu não quero, ou não posso fazer alguma tarefa que me foi dada, mas não desejo me indispor com a pessoa que a ordenou, posso simplesmente utilizar o novo tempo verbal Futuro do Impossível, e dizer que “vou estar providenciando”. Automaticamente, a pessoa que escuta entende que a tarefa será feita, e eu disse, na verdade, que não vou concluí-la.

Ironias à parte, é uma forma de falar e de escrever equivocada, que não deve ser usada, pois nossa língua é maravilhosa, difícil, sim, mas deve ser respeitada.


Mini-resumo: Tania tem dificuldades com a Língua Portuguesa, como quase todas as pessoas, mas acredita que é preciso mais cuidado ao escrever, e mais consideração com nosso idioma!

domingo, 16 de setembro de 2012

Epitáfio

"[...] Devia ter arriscado mais e até errado mais... ter feito o que eu queria fazer [...]"
(Epitáfio - Titãs)







Cada vez que escuto essa música dos Titãs, me ponho a pensar na infinidade de momentos prazerosos que as pessoas simplesmente acabam deixando para trás...Há tantas coisas que gostariam de ter dito, tantas coisas que gostariam de ter feito e, no entanto, seguem vida afora como se tivessem mil vidas para viver, como se o tempo jamais fosse lhes escapar pelos dedos, como se todas as oportunidades pudessem, de alguma forma, retornar sempre...

Tenho uma curiosidade quase insana em saber o que as impele a essa falsa ilusão de que ser uma pessoa comedida é o caminho mais adequado para a suposta felicidade...

“Ah! Mas se eu for uma pessoa comedida sofrerei menos”, alguns poderão me dizer.

“Bem, sendo uma pessoa comedida evitarei muitos percalços e perigos da jornada”, outros afirmarão categoricamente.

E tantos outros blábláblás...

Ok, até pode ser que muitos sofrimentos, decepções e dores serão evitados... Até pode ser que supostos percalços e perigosos sejam, em certa medida, evitados... mas... e daí?

Ao mesmo tempo em que evitam supostos sofrimentos, deixam de vivenciar muitas emoções, ao mesmo tempo em que sentem essa falsa segurança, vão deixando a vida se esvair.

E, curiosamente, essas mesmas pessoas que passaram a vida toda “pisando em ovos” e evitando arroubos, são as mesmas que, ao ouvir essa canção, ficam com os olhos cheios d’água e um semblante melancólico...


Déia escreve aos domingos e segue mergulhando de cabeça em tudo o que a vida oferece...

domingo, 9 de setembro de 2012


Não sou tão ácida quanto pareço e nem tão meiga quanto gostaria.
Sou sensível, curiosa, teimosa, impaciente, gentil e temperamental.
Não tenho "papas na língua" e nem medo de me mostrar como sou.
Tenho o coração mais mole do mundo e um sangue que ferve em um minuto.
E tenho, acima de tudo, mania de amar incondicionalmente e de acreditar no imenso poder de um sorriso.


Déia escreve aos domingos e, aos pouquinhos, está reencontrando em si a inspiração para voltar a escrever...

domingo, 2 de setembro de 2012

... o tipo de pessoa...


Não sou o tipo de pessoa que coloca um sorriso nos lábios com o intuito de disfarçar as lágrimas...
Não sou o tipo de pessoa que tolera relações superficiais, pessoas fúteis e sorrisos vazios...
Não sou o tipo de pessoa que age de acordo com aquilo que os outros esperam de mim...
Eu sou, sim, o tipo de pessoa que sente as coisas com intensidade, que mergulha de cabeça naquilo que acredita e que vive sua vida com paixão...
Sou o tipo de pessoa que sorve cada momento (bom ou ruim) como se fosse o último instante a ser vivido...
Sou, enfim, o tipo de pessoa que ama profundamente e que procura espalhar esse amor...

Déia escreve aos domingos e segue plantando sorrisos e colhendo corações pelo caminho...

sábado, 1 de setembro de 2012

Automóveis e Mulheres


Se nos compararmos aos automóveis, nós mulheres, de uma maneira geral, queremos ser exatamente opostas aos veículos que desejamos. Nós não queremos pneus no corpo, mas queremos os melhores, às vezes até os maiores para os nossos carros. Queremos muito espaço nos veículos, mas queremos ser magras, e, em muitos casos, vestimos roupas que nos apertam, nos oprimem (de várias formas...), para parecermos ainda mais magras.

O pior acontece no caso do consumo. Queremos os carros mais econômicos, que consumam pouco combustível. No entanto, o que mais desejamos é podermos comer muito, e gastar a energia, a caloria, rapidamente. Desejamos ter um metabolismo ultra acelerado, que nos permita comer muito, e gastar a energia, para podermos consumir mais. Pelo menos a maioria das mulheres que conheço é assim. Ou seja, elas querem carros que consumam pouco para rodar, mas desejam consumir muito, ou seja, poder comer o que quiser, mas gastar essa energia de forma acelerada e mágica!

Sim, nós mulheres somos as rainhas das contradições! Está certo que, ultimamente, muitas desejam o air-bag duplo no corpo e no carro! Mas não são todas. E tem ainda uma coisa que também é desejo para o veículo e suas donas: a lataria impecável, sem sinais! Qualquer mulher acha ruim um amassado ou um arranhão em seu carro, e uma tragédia se isso acontece em seu corpo!

O que é triste mesmo, nessa comparação que deveria ser absurda, é que muitas mulheres querem ser objeto de desejo dos homens, assim como os automóveis são. Nesses casos, elas acabam se desumanizando mesmo, e se transformando, com plásticas, preenchimentos, botox, silicone, extração de costelas, lipo-esculturas, lipo-aspirações, etc, em verdadeiros objetos.

Assim, o que começa como oposto, se torna semelhante, e quem perde é a mulher, todas as suas conquistas, sua personalidade, suas características. Até quando seremos assim? Até quando seremos escravas de nossa vaidade, que é mais cruel que o espelho da madrasta da Branca de Neve?!



Mini resumo: Tania sempre brinca, faz analogias estranhas, mas, no fundo, se preocupa muito com a condição humana.
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