sábado, 1 de setembro de 2012

Automóveis e Mulheres


Se nos compararmos aos automóveis, nós mulheres, de uma maneira geral, queremos ser exatamente opostas aos veículos que desejamos. Nós não queremos pneus no corpo, mas queremos os melhores, às vezes até os maiores para os nossos carros. Queremos muito espaço nos veículos, mas queremos ser magras, e, em muitos casos, vestimos roupas que nos apertam, nos oprimem (de várias formas...), para parecermos ainda mais magras.

O pior acontece no caso do consumo. Queremos os carros mais econômicos, que consumam pouco combustível. No entanto, o que mais desejamos é podermos comer muito, e gastar a energia, a caloria, rapidamente. Desejamos ter um metabolismo ultra acelerado, que nos permita comer muito, e gastar a energia, para podermos consumir mais. Pelo menos a maioria das mulheres que conheço é assim. Ou seja, elas querem carros que consumam pouco para rodar, mas desejam consumir muito, ou seja, poder comer o que quiser, mas gastar essa energia de forma acelerada e mágica!

Sim, nós mulheres somos as rainhas das contradições! Está certo que, ultimamente, muitas desejam o air-bag duplo no corpo e no carro! Mas não são todas. E tem ainda uma coisa que também é desejo para o veículo e suas donas: a lataria impecável, sem sinais! Qualquer mulher acha ruim um amassado ou um arranhão em seu carro, e uma tragédia se isso acontece em seu corpo!

O que é triste mesmo, nessa comparação que deveria ser absurda, é que muitas mulheres querem ser objeto de desejo dos homens, assim como os automóveis são. Nesses casos, elas acabam se desumanizando mesmo, e se transformando, com plásticas, preenchimentos, botox, silicone, extração de costelas, lipo-esculturas, lipo-aspirações, etc, em verdadeiros objetos.

Assim, o que começa como oposto, se torna semelhante, e quem perde é a mulher, todas as suas conquistas, sua personalidade, suas características. Até quando seremos assim? Até quando seremos escravas de nossa vaidade, que é mais cruel que o espelho da madrasta da Branca de Neve?!



Mini resumo: Tania sempre brinca, faz analogias estranhas, mas, no fundo, se preocupa muito com a condição humana.

2 comentários:

Selma Helena. disse...

Gostei!

A resposta infelizmente é até sempre.

Beijos

Selma

Lila disse...

Oi Taninha. Sabe que esta escravidao se da com muito mais intensidade no Brasil? Eh a mulher latina que faz isso com ela mesma. Na Austrália a coisa e muito mais relax e vou ainda mais longe: eh vergonhoso admitir que se tenha feito botox ou qualquer outra intervenção cosmética. E viva a Austrália!!!! Gordinhas aqui são aceitas e bem-vindas? Por que o Brasil vai isso com a gente?

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