sábado, 29 de dezembro de 2012

Entardecer


Eu não gosto nada
De jogo de truco,
De sol muito forte,
De gente pedante,
De falta de pulso.

Mas eu gosto muito
De casa arrumada,
De boa conversa,
De dias chuvosos,
De amigos e amores.

Me causa desânimo
Conversa fiada,
Direitos sem deveres,
Excesso de tudo,
Falta de caráter.

Mas me admiro
Com casais de idosos
Caminhando nas tardes
Com seus cachorros
Na tranquilidade.

E então não me canso
De ver essas cenas
De vida vivida,
Pois é o que eu quero
Pra quando eu crescer!


Mini-resumo: Tania está na fase de reflexão.... Isso demora, mas acontece de vez em quando... rs....

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Grrrrr...


Amiga: - Oi, tá boa?

Mari: - Não!

Amiga: - ...



Mariana escreve esporadicamente, hoje mais azeda do que nunca. Pretende retomar a doçura, mas por hora tá difícil. Anda se cansada, triste, está com cólica e tem se sentido sozinha na multidão. Tudo está irritante – de pernilongos a seres humanos. Promete que vai se esconder debaixo da cama até essa nuvem sair da sua cabeça, pois como está representa um mal pra humanidade. Não tem planos algum pro ano que vem e essa semana não tem sido uma menina boa. Tem tratado mal as pessoas e respondendo ao mundo com intolerância e impaciência. Apesar de tudo, espera que aqui dentro bata um coração, mas hoje só acredita no amor do seu cão. (Tomara que tudo não passe de uma TPM, se for pra ser esse monstrinho que sou hoje, melhor o mundo acabar mesmo!)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Momentos transformadores

Há momentos na vida de cada um nós que nos mudam para sempre. Nos deixam mais fortes, mais sensíveis, mais auto-confiantes ou mais descrentes. Fato é que nos transformam.

Vou contar o mais recente, mas preciso antes contextualizar: sempre (e friso o SEMPRE) que vou ao banheiro de noite para fazer xixi eu olho dentro do vaso sanitário. Acendo a luz, levanto a tampa (eu moro sozinha e ela vive abaixada \o/), confiro tudo. Se estiver fora de casa, ou se não vou acender a luz, levo o celular, ligo a lanterna e confiro também. Pode parecer paranoia (e antes de me julgarem lembrem que todos vocês têm alguma), mas eu tenho medo de uma coisa: pererecas.

Não em geral, só medo de que possa haver uma dentro do vaso sanitário. Aí eu vou sentar, toda exposta e aimeudeus...nem quero pensar. Anos de ritual para o xixi noturno, e isso nunca aconteceu. Até a última quinta-feira.

Olhei bem distraída, só aquela olhadinha padrão para o vaso e lá estava ela, com um olhar malicioso, planejando pular em mim a qualquer aproximação!

Aí foi a hora que tive vontade de fechar a tampa e dar descarga! Mas minha consciência não deixou. Droga!

E foi a hora que odiei morar sozinha e não poder chamar ninguém! Foi a hora que desejei ter um namorado e pagar de mulherzinha: "amor, eu PRECISO de ajuda"!

Foi a hora que pensei em trancar o banheiro e ir dormir sem fazer xixi...

Foi a hora em que meu coração disparou e perdi a coragem.

Mas a vida continua, com ou sem pererecas ameaçadoras! Juntei toda a minha coragem que tinha pulado como uma perereca, uma sacola plástica (porque eu tenho nojinho, sim) e fui á luta. Literalmente. Ela pulava e eu corria, pulava e corria pulava e corria, até que peguei. Foi tão ruim a sensação que quase soltei!

Joguei ela pra fora, fechei bem rápido e janela e voltei pro banheiro ver se ela tinha deixado alguma comparsa. Não tinha.

Esse momento foi transformador! Não que eu tenha parado de conferir se há pererecas no vaso sanitário. Mas na noite seguinte, quando a dita-cuja estava lá DE NOVO (audácia) não fiz drama, peguei, joguei pra fora e pronto!

Já fiz tanta coisa sozinha na vida, já me convenci e aceitei de que a gente nasce e morre só. E agora eu sei que posso me defender de uma perereca sozinha! =)

Renata entrando no inferno astral, e levando lição de moral até dos anfíbios!




terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ditados


Na minha terra se costuma dizer: a pessoa sai da colônia, mas a colônia não sai da pessoa. Como muitos ditados, esse é super verdadeiro. Exemplo: vim a BH a trabalho. Cheguei no hotel, e me deram o quarto 1106. Subi ao décimo primeiro andar, e vi os quartos 1101, 1102, 1103 e 1104. E só. Contei de novo, como se pudesse ter contado errado...
Voltei à recepção, que estava cheia de gente, e fiquei com vergonha de dizer: não achei meu quarto! Então optei por: você poderia confirmar o número do meu quarto?
Claro, disse a moça, 1106. 
Cri cri cri...deve ter ficado na minha cara a questão!
Então ela disse: a senhora pegou o elevador para os quartos com final de 5 a 10, certo?
Errado. Óbvio que não! E eu ia ler aquela mini plaquinha? E ia saber que ao invés de pegar o elevador logo em frente, eu teria que dobrar à esquerda, direita e voilá: elevador certo!

Renata saiu da colônia, mas a colônia não saiu dela.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Da série Coisas que me irritam (3 de infinitas): invasores de bolhas


Essa séria seria mais do que infinita, se isso fosse possível. Tenho tido dificuldade em escolher temas para escrever, são tantas as opções! Ainda mais na TPM, as coisas irritantes surgem de todos os lados, sob formas variadas!!
Mas hoje o tema escolhido foi: os invasores de bolhas!
Todos nós temos uma bolha ao redor de nós, invisível, mas ela está lá. O meu corpo e o espaço ao redor dele me pertencem, estão na minha bolha. Algumas pessoas fazem de tudo para deixá-la bem visível, mudam a expressão e até rosnam quando algum atrevido invade essa área tão pessoal. Outros tentam esquecer que ela existe e buscam o contato mais próximo possível com outros seres. São aqueles que tocam na gente o tempo todo e falam bem de pertinho. Aproveito pra dizer: não é legal. Se estiver tão perto que posso sentir teu hálito e o calorzinho que vem da tua boca, não é legal. Salvo exceções, claro.
Minha bolha é relativamente grande, e dentro dela entra quem eu quero, quando eu quero. Me incomodam essas pessoas sem a menor sensibilidade para a bolha alheia. Se a pessoa se aproxima e eu recuo, cruzo os braços, ou até troco de lugar, hello!! Sinais de que avançou demais e ficou invadindo minha bolha.
Já houve casos de eu educadamente dar uma desculpa, tipo: vou ali e volto já. E a pessoa me segurar! Me segurar pelo braço é o fim da picada! Aliás, essa é a prova de que o Roberto Carlos não entende de mulher: O cara que pega você pelo braço! Desse cara quero distância. Não só fora da minha bolha, como fora da minha vida!
Não peço demais, só queria que as pessoas tivessem a sensibilidade e a preocupação com o espaço dos outros. Intimidade e confiança são as chaves pra poder entrar na minha bolha, e como é melhor dar dinheiro do que intimidade, são poucas pessoas com as quais me sinto confortável nesse espaço que é meu.

Renata espera comentários desse texto, até para saber qual a tolerância de vocês aos invasores de bolhas. Até lá, sonha com essa aqui:


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