terça-feira, 3 de março de 2015

Da série coisas que me irritam (5 de infinitas): burrocracia

Eu sei, eu sei...esse tema pode gerar uma série em sim, mas hoje eu quero falar sobre um requisito burrocrático básico para muitas transações: comprovante de endereço.
Eu sinceramente não consigo entender que p%$#@ passa na cabeça do cidadão que decidiu que comprovantes de endereço aceitáveis vêm da companhia de energia elétrica, saneamento, telefone ou cartão de crédito (entre outros, creio eu). Pedaços de papel muitas vezes com endereço errado, nome errado, emprestados por outra pessoa...sem valor algum. Eles valem MUITO mais que minha palavra e assinatura dizendo onde eu moro e posso ser procurada. Qualquer cidadão consegue em pouco tempo reunir comprovantes de endereço aceitáveis (moro com minha irmã; coloquei meu nome na conta de luz da minha avó) com endereços que não são seus endereços residenciais. Mas mesmo assim, esses papeis são aceitos. E apenas eles. 
Certa vez precisei de uma certidão negativa da justiça para tomar posse em um concurso público. Lá constavam todos os meus dados pessoais eu, ingênua, pensei: que papel no mundo pode ser melhor do que esse como comprovante de endereço? Foi assinado por um juiz, no fórum! Tsc, tsc....recebi um: “não, moça, apenas conta de água e luz”. Claro.
Isso é menos que uma gota d’água no oceano de burrocracia, no qual as cosias estão tão gravadas na pedra que ninguém sabe mais quem gravou, o porquê gravou; apenas seguimos o mesmo caminho tortuoso trilhado por alguém.
Aqui caberia até uma teoria da conspiração: talvez há muitos anos pessoas venham complicando a rede burrocrática para levar ao apocalipse. Ou, ao menos, se divertir com a burrice alheia, que repete procedimentos ineficazes sem fazer nenhuma sinapse para refletir sobre ele.


Renata tinha dado um tempo nessa série, mas às vezes é simplesmente impossível! ela espera que até a próxima terça-feira seu lado Poliana tenha se fortalecido.

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...